por Manuel_AR, em 16.03.11
O Cão de Sócrates de António Ribeiro, pseudónimo do autor, da Editora Esfera dos Livros, é um livro agradável com muito humor à mistura e de fácil leitura. De leitura obrigatória, mesmo para quem disconcorde da orientação que o autor imprimiu à obra. A abertura ao pensamento dos outros, mesmo que não concordemos, também faz parte da democracia.
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por Manuel_AR, em 16.03.11
Captei este texto na NET, que compara Portugal e Nova York, e resolvi colocá-lo neste Blogue. Não confirmei alguns dos dados incluidos na informação mas alguns dos pontos são exactos.
Para reflectirmos aqui vai o o tema cujo título dado pelo autor foi "Afinal não somos pobres... somos estúpidos" Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem
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por Manuel_AR, em 16.03.11
Se estivermos atentos e reflectirmos sobre o que ouvimos dizer a alguns políticos poderemos constatar que os de esquerda, nomeadamente o PCP e o BE, atacam o partido do governo, o PS neste caso, dizendo que faz políticas de direita, conotando-o e ligando-o à direita com a qual, segundo eles, está em conluio. Pretendem assim criticar um governo que faz políticas de direita. É portanto suposto que são contra um governo que dizendo-se socialista faz políticas de direita. Até aqui tudo bem. Mas, quando o PSD ou o CDS/PP sobem nas intenções de voto, avançam com alguma proposta, mesmo que seja de interesse nacional, ou se por outros motivos estão em confronto com o PS, de que lado fica a dita esquerda? Em circunstância de eleições quem atacariam em primeiro lugar? A direita, claro, que é o principal “inimigo” que quer ocupar o poder.
Como é remota a possibilidade de qualquer dos partidos PCP e BE, só, ou em conjunto, virem a atingir uma maioria no Parlamento, então, ao terem como objectivo evitar que a direita alcance o poder estão a assumir que é preferível manter o PS, cujas práticas governativas dizem ser de direita. O mesmo seria dizer que preferem no governo uma direita a outra direita já que os de esquerda são eles. Então em que ficamos? Talvez esperar que o PS se voltar a ganhar as eleições e mudar o governo, traga com ele novas políticas de esquerda. Trará de facto?!
Não nos iludamos, se a direita ganha com ou sem maioria as eleições para a Assembleia da República veremos a esquerda, tacitamente, a alinhar com o PS que para eles passou a ser esquerda que era até então de direita.
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por Manuel_AR, em 14.03.11
Hoje resolvi pesquisar "sites" com interesse e temáticas diversas. Entre vários encontrei este que me pareceu interessante pela facilidade de consulta e clareza dos conteúdos.
É um Directório de links nacional gerido por editores em todo o território portugues. Para quem estiver interessado em pesquisar diversos temas ou saber as últimas notícias. É um Directório Nacional gerido por uma vasta comunidade de Editores Voluntários e onde pode colocar o seu blogue ou site. Pode aceder em
http://www.mundopt.com/
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por Manuel_AR, em 10.03.11
Durante o longo mandato de Margaret Tatcher à frente da Grã-Bretanha (1979 a 1990), por coincidência em 1979 a OPEP subiu 50% o preço do barril do petróleo face ao ano anterior, após o primeiro choque petrolífero de 1973. Segundo analistas da política e da economia o seu mandato conduziu o país a um descalabro e o povo ao desemprego e à pobreza.Com as políticas governamentais que foram tomadas a produção industrial diminuiu trazendo consigo o incremento do desemprego que aumentou três vezes mais desde que foi eleita. As falências e o fecho de empresas aumentaram devido à austeridade ao mesmo tempo que a inflação aumentava, contrariamente ao que inicialmente se pretendia, conduzindo a economia do Reino Unido em 1981 a uma profunda recessão. As políticas do governo durante os anos 80 e parte de 90 tenderam a beneficiar os membros mais abastados da sociedade acentuando as privações dos mais desfavorecidos.
O pretexto que servia de justificação as medidas então tomadas eram os factores relacionados com políticas do governo para a revitalização da economia. Os direitos da "Employement Protection Act", (Lei de Protecção do Emprego), foram reduzidos e paralelamente procedia-se à redução dos salários dos trabalhadores e à privatização da indústria anteriormente nacionalizada.
As teorias que apoiavam as medidas da primeira ministra Tatcher assentavam no princípio da redução da taxa de imposto sobre os rendimentos dos indivíduos e das empresas que seriam factores de crescimento económico que, por sua vez, iriam gerar crescimento económico possibilitando fluxos de financeiros para os mais pobres. A redução de impostos eram vistos como indispensáveis para a promoção de investimentos produtivos, para a criação de mais empregos e mais prosperidade.
Como consequência daquela governação, na década de oitenta, o fosso entre os membros mais ricos e mais pobres da sociedade aumentou de forma drástica. A Grã-Bretanha encontrava-se em segundo lugar na tabela dos países industrializados, apresentando entre 1977 e 1990 o crescimento mais profundo de desigualdade económica. Esta situação foi-se alterando para melhor entre 1999 e 2003 de acordo com as estatísticas das desigualdades sociais sobre o trabalho, educação, saúde e rendimentos (http://www.statistics.gov.uk/hub). A falha da teoria em que assentava a política da Srª Tatcher foi também sustentada na prática por sete anos de governo na Alemanha em que os sete anos de governo "social-democrata" de Gerhard Schröder entre 1998 e 2005 se caracterizou por ser um período de maior isenção de impostos a grandes empresas, o que conduziu a um aumento do desemprego que chegou oficialmente a 5 milhões de desempregados, 10,6% em 2005 e 11,7% em 2007 tendo diminuído drasticamente em 2007 para 7,6%.
O que então aconteceu foi que os impostos foram reduzidos ou isentados para a maioria das empresas alemãs ao mesmo tempo que foram também reduzidos ou até abolidos os impostos sobre riquezas, as heranças e os lucros, ficando a recolha de impostos originária apenas de rendas, "ter um cão pagava imposto". Desta forma os impostos pagos pelos alemães através dos impostos originários de rendas e licenças supera o total dos impostos pagos pelo total das empresas.
No caso português ainda não chegámos a este ponto, mas pelo que podemos ver e ouvir, para lá caminharemos se os governos responsáveis pelo endividamento do Estado, ou os que vierem, cairem na tentação de ceder à ineficácia comprovada da política neoliberal. Sem uma reflexão profunda (veja-se o exemplo da Alemanha) apostar sem qualquer espírito crítico na redução de impostos com vistas à geração de empregos, sob a alegação de que a taxação tributária de grandes empresas estimularia a migração para outros países centrando a culpa na globalização, no mercado e na concorrência. Todavia não estamos a afirmar implicitamente que o aumento desmesurados dos impostos incidindo sobre a classe média feitos pelo actual governo será o caminho certo, antes pelo contrário, as políticas actuais conduzem-nos a uma recessão sem precedentes se com o governo que suceder a este não reduzir forem progressivamente os imposto quando e se a retoma alguma vez se iniciar.
Desta reflexão podemos ver as diferenças ou semelhanças com o caso português, considerando as suas especificidade, aprendendo com os erros de uns e aproveitando boas práticas de outros. Quem nos vier a salvar do pesadelo da actual situação que nos foi imposta deverá ter isso em conta.
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por Manuel_AR, em 10.03.11
Os meios de comunicação social como a televisão, a rádio e a imprensa fornecem tanta informação que não dá tempo para a digerir e reflectir, pelo que nos resta apenas absorvê-la sem sentido crítico e com uma inerente desconfiança construtiva.
Nós, portugueses, olhamos e ouvimos muito, mas vemos, escutamos e lemos pouco, mas, por outro lado, falamos demais
Esta não será um blogue de humor. Gosto de humor, sobretudo do humor inteligente, mas se tentasse fazê-lo seria um desastre.Partindo destas premissas, iremos refletir sobre o que se vê, escuta e lê em Portugal à volta de temas que se relacionam e afectam o nosso quotidiano alertando consciências numa óptica político-social. Temas simples que nos levem a "olhar" sobre a sociedade que temos e onde vivemos. Esperamos que estes objectivos possam contribuir, sem quaisquer traços de intelectualismo ou academismo, para uma reflexão através das experiências de outros que nos leve no sentido das mudanças necessárias que a sociedade requer. Tentaremos ainda construir uma geografia do pensamento e de linguagens sobre perspectivas de um mundo de sociedades industriais, pós-industriais, de serviços, de regiões com altas taxas de população e urbanização, de instituições burocráticas e ambientes sociais, das mudanças fruto da globalização, potencialmente geradora de uniformizações, mantendo vivo o espírito de uma "subversão" através de palavras, de temas, de nomes e de rostos.
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